quinta-feira, 31 de maio de 2012

O “Quinto dos Infernos”


Texto sem indicação de fonte

Durante o Século 18, o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso País e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam "O Quinto dos Infernos". E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.
A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a carga tributária brasileira chegou a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...
Para quê? Para sustentar a corrupção? Os mensaleiros? O Senado com sua legião de "Diretores"? A festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar nos 3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário)?!? Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa!
E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente...!
A Corte portuguesa levava tudo e nada deixava. Os atuais criadores de impostos são mais hipócritas: grande parte da população não sabe que paga impostos indiretos que fazem parte dos dois quintos, pelo contrário, recebe através de "bolsas" de toda sorte, cotas em empregos e universidades, etc. Os muito ricos se beneficiam dos impostos através de contratos magnânimos com esta excrescência chamada BNDES. E pagam um percentual mínimo do que ganham. Quem sustenta as farras é a classe média!

Quem vai desenterrar a verdade do presente?


Guilherme Fiuza (Revista Época, 28/05/2012)
Dilma Rousseff chorou ao instalar a Comissão da Verdade. Entre os companheiros que se emocionaram com ela estava José Sarney, presidente do Senado. Citando Galileu Galilei, a presidente disse que “a verdade é filha do tempo, não da autoridade”. Sarney servia ao regime que Dilma quer investigar, mas isso não tem a menor importância. Ambos são sócios numa verdade que não é filha do tempo, nem da autoridade. A verdade de Dilma e Sarney é filha da mãe de todos os posseiros do Estado brasileiro.
É uma verdade tão generosa que pode admitir até censura. Não a dos anos de chumbo, que está fora de moda. Censura moderna, cirúrgica. A investigação da família Sarney por tráfico de influência vinha sendo exposta por O Estado de S. Paulo. Com apoio irrestrito de Lula e Dilma, Sarney ficou firme no cargo, e seu filho conseguiu submeter o jornal à censura prévia, que já completará três anos. Em nome da verdade.
Galileu entendia dos astros, mas não sabia nada de fisiologismo. Se soubesse, descobriria que a verdade é uma ação entre amigos.
Amordaçar a imprensa foi uma forma eficaz de proteger a ditadura, especialmente quando ela torturava. Dilma Rousseff deve saber disso. Portanto, censura nunca mais – a não ser para defender alguém como Sarney, que, como disse Lula, “não é uma pessoa qualquer”. E não é mesmo. Acima do José Ninguém que apoia o governo popular com sua crença, seu voto e outras miudezas, Sarney é um companheiro diferenciado: põe seus lotes privados na máquina pública a serviço de Dilma, se ela mantiver seu alvará de sucção. Uma troca verdadeira.
Uma amizade dessas vale gestos extremos. Segundo a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, chamou-a ao Palácio do Planalto para lhe dar ordens. A Casa Civil não manda na Receita, mas Dilma mandou Lina resolver pendências fiscais da família Sarney. Solidariedade é isso (só quem lutou contra a tirania da ditadura sabe). Dilma não aceitou uma acareação com Lina. Uma virou presidente, a outra sumiu. Se a verdade fosse filha do tempo, a esta altura já estaria num orfanato.
A presidente que quer passar a ditadura a limpo de mãos dadas com Sarney poderia, talvez, pedir uma hora extra à Comissão da Verdade para dar uma olhada no caso Agaciel. O Brasil inteiro ouviu (já esqueceu, mas ouviu) os telefonemas entre o então diretor e o presidente do Senado combinando nomeações secretas de parentes e amigos. Onde foi parar essa verdade? Ou ela é filha da autoridade, e foi retocada, ou Sarney não tem condições morais de presidir o Senado – enquanto não for devidamente investigado. Mas esses detalhes não incomodam Dilma Rousseff em sua cruzada humanista. A presidente dos famintos nem se importa que a filha de Sarney compre 68 toneladas anuais de comida (só para ela e seu vice) à custa do contribuinte, como ÉPOCA mostrou. A verdade varia conforme a fome do dono.
O Brasil precisa acertar contas com seu passado, buscando justiça para os desaparecidos. Mas engole junto a propaganda política dos aparecidos. Ao lado de Dilma, no altar do bem contra o mal, estão heróis como Fernando Pimentel, ex-guerrilheiro, atual ministro vegetativo do Desenvolvimento. A resistência aos militares forjou nele valores sólidos, como ser amigo da presidente e faturar alto com consultorias invisíveis. Somando o passado e o presente de Pimentel, a única verdade insofismável é que ele não perde o cargo de jeito nenhum – nem depois de voar de favor em avião de empresário. Rodoviária nunca mais.
A luta continua, como prova Ideli Salvatti, ex-militante de direitos humanos na ditadura. No Ministério da Pesca, ela operou o milagre da multiplicação das lanchas – cujo fabricante, por coincidência, bancou sua campanha eleitoral. Na posse, Ideli cantou Ivan Lins para celebrar o triunfo da esquerda: “No novo tempo, apesar dos perigos; da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta; pra sobreviver, pra sobreviver”. Ideli sobreviveu graças à Comissão de Ética da Presidência – devidamente enquadrada por Dilma depois de dinamitar o companheiro Lupi –, que arquivou o caso das lanchas.
Nada como desenterrar as verdades certas e enterrar as erradas. Pra frente, Brasil!

Que tal a ideia?


Recebi esse texto no meu e-mail e achei um tanto interessante, como me pediram para repassar, estar aí....

Já que colocam fotos de gente morta nos maços de cigarros, por que não colocar também:
- de gente obesa em pacotes de batata frita,
- de animais torturados nos cosméticos,
- de acidentes de trânsito nas garrafas e latas de bebidas alcoólicas,
- de gente sem teto nas contas de água e luz, e

- de políticos corruptos nas guias de recolhimento de impostos?


quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Servidor Público de Santana do Araguaia é rico e não sabia

Segundo a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República) as pessoas com renda familiar per capita entre cerca de R$ 291 e R$ 1.019 são as que formam a classe média brasileira, segundo uma nova definição aprovada ontem.
De acordo com a secretaria, essa classe representa 54% da população brasileira e é a maior do país e o servidor público de Santana do Araguaia está incluído nessa GRANDE ( Grande no sentido cômico da palavra) CLASSE SOCIAL.

Dentro da classe média, foram definidos três grupos: a baixa classe média, com renda familiar per capita entre R$ 291 e R$ 441, a média, com renda familiar per capita de R$ R$ 441 a R$ 641 e a alta classe média, cuja renda familiar per capita fica entre R$ 641 e R$ 1.019.
A classe alta estaria acima de R$ 1.019 e também foi dividida em dois grupos. A baixa classe alta ficaria entre R$ 1.019 e R$ 2.480 e a alta, que fica acima deste valor.”
Leia mais sobre o assunto aquina reportagem de Maria Paula Autran.
Veja o Comentário de Juarez Nogueira sobre definição do SAE: "Parece mágica, mas é só mais um embuste de governo popululista. Faz lembrar aquele programelho em que o sujeito trocava sem saber uma geladeira por uma dentadura para estampar sorriso amarelo de quem ganha sem levar. Não há nada mais falsamente reconfortante do que o autoengano. Se a vida está ruim, por que melhorá-la se é possível adotar novos padrões, conceitos, indicadores, seja lá o apelido que se dê para demonstrar que, na verdade, o péssimo é bom?"
Comento: Só assim o Servidor Público Municipal Efetivo Enrica!!! RSRSRS 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Eu não acredito... (Na verdade acredito desde o início)

Juarez Nogueira

Eu não acredito que o ex-presidente Lula Luiz Inácio da Silva pressionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para adiar o julgamento do mensalão – aquela sofisticada organização criminosa do PT, segundo a Procuradoria Geral da República, chefiada pelo José Dirceu.
Não acredito na reportagem da revista Veja – segundo a qual a conversa teria ocorrido em um encontro casual no escritório de advocacia do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim.
Não acredito que Lula disse que o julgamento do mensalão agora seria “inconveniente”, porque a decisão poderá influenciar o resultado das eleições deste ano. Não, não acredito que tenha feito ameaça velada ao ministro Gilmar, em troca de suposto apoio na Comissão Parlamentar de Inquérito do bicheiro Carlinhos Cachoeira, por causa de um encontro em Berlim, entre Mendes e o senador Demóstenes Torres, investigado na CPI.
Eu não acredito que Lula comanda o engonço dessa CPI do Cachoeira, chefiada por seu agora amiguinho de infância, Fernando Collor, aquele que por pouco escapou de um impeachment só deus e o brasileiro memorioso sabe por quê.
Tudo bem que eu acredito que o ministro Gilmar Mendes, constrangido por Lula, tenha lhe dito para ir fundo na CPI, mas não acredito não seja esta a vontade de Lula.
Aliás, eu não acredito que essa CPI do Cachoeira é só mais um engodo para desviar o foco do mensalão como não acredito que o tal Cachoeira é amigo de tutti quanti e seja boi de piranha dessa pataquada para tentar impedir que o bando de mensaleiros pague por seus crimes na Justiça.
Falar em Justiça, também não acredito que só porque a maioria dos ministros do STF é indicada pelo camarada Lula o julgamento do mensalão vai sendo arrastado em passo de lesma lerda, para não ser decidido em ano eleitoral e dar na prescrição-prêmio dos réus.
Não. Eu não acredito que essa chicana toda possa ser respaldada pela Suprema Corte de Justiça. Nem acredito que o Lula falou, durante o encontro com Gilmar Mendes, que “O Zé Dirceu está desesperado.” – até porque o Zé, eu, você, eles, nós sabemos que a Justiça nesse país não é do tipo “apertou, afrouxe, oi, eu acho que é tudo deboche, aqui tudo se leva no bico”.
Eu não acredito que essa turma esteja convencida de que todos os brasileiros – com exceção daqueles que levam o $eu para dar testemunho e fé nessa carocha toda – sejam tão idiotas, tão bananas de mesmo cacho.
Nem meu amigo, o ET de Varginha, que está aqui, ó, doidinho pra dar um alô.

Redução de IPI, não é por aí!!!

Roque Sponholz





Nenhum país do mundo combate crise econômica vendendo carros, exceto o nosso. Incentivar a compra de veículos para o transporte individual através da redução de impostos e de financiamentos com juros baixos e prazos longos para atender ao lobby de montadoras em detrimento ao transporte coletivo, é medida demagógica, inconsequente e criminosa com nossas cidades e consequentemente com seus cidadãos.
Desde a sua invenção, a propaganda glamourizou o uso do automóvel dando-lhe a falsa conotação com o status social. Daí a estúpida paixão do brasileiro pela máquina de quatro rodas que substitui duas patas.
Hoje o maior problema de nossas cidades é o tráfego. Nossas ruas não mais comportam o excessivo número de veículos que a cada dia nelas são despejados.
Nossas vias interurbanas transformaram-se em campos de batalha onde, a cada ano, morrem mais de quarenta mil brasileiros e outros tantos sofrem danos físicos irreparáveis. A solução? Uma só: transporte coletivo eficiente, com canaletas exclusivas, com conforto, com rapidez...
Mas priorizá-lo e subsidiá-lo parece não ser a vontade deste governo.
Sua vontade é fazer com que o brasileiro atole-se em dívidas, seja o campeão da inadimplência, deixe de construir um quarto para abrigar um novo filho construindo uma garagem para abrigar um carro novo ou um novo carro.
E ainda falam em “mobilidade urbana”. Ora tenham vergonha!!! Pensar momentaneamente e emergencialmente (devido a copa do mundo), em “mobilidade urbana” para meia dúzia de cidades, esquecendo-se das mais de cinco mil e quinhentas outras que também precisam de “mobilidade urbana” é, no mínimo, desrespeito e escárnio.
Enfim, lá vamos nós enfrentar o tráfego nosso de cada dia que o governo nos dá hoje.
Triste país este.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O governo agora é trabalho até quando finge que trabalha atrapalha

Após receber algumas reclamações de leitores e moradores da Rua Dr° Antônio Portugal entrada central par o   loteamento carajás fui até o local para constatar o veredito, POEIRA, MUITA POEIRA.
Segundo os moradores já reclamaram na prefeitura, até mesmo para o emblemático prefeito Jeová de Aguiar, e até o presente momento nenhuma providência foi tomada, sugeriram que fossem feitos quebra-molas, que o caminhão pipa molhasse a rua, mas não houve acordo. Segundo uma moradora que não quis se identificar, sabendo que esse governo é pobre e perseguidor, após as reclamações os problemas aumentaram, os caminhões aumentaram ainda mais a velocidade que tem passado pelo o local, colocando em risco pedestres que trafegam pelo local, até mesmo crianças no caminho de ida e vinda da escola, e os amantes de uma boa caminhada, e fazendo que donas de casa dobrem o expediente, pois o tráfego constante dos caminhões tem se prolongado até a madrugada. Sem mais para o momento o  Bicho de Pé e os moradores esperam do poder municipal alguma providência.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Típica mania de levar tudo na boa ou Ridícula mania de levar tudo na boa?

Um ano de administração do governo agora é trabalho! Parabéns! Viva! Viva o quê? Viva quem? Se a pobre Santana do Araguaia está quase morrendo, como se tivesse um câncer maligno ainda não identificado e fosse morrendo aos poucos, sem saber exatamente onde será o próximo golpe. Teve festa! Pra comemorar o quê? Típica essa mania de levar tudo na boa.
Mais mentiras foram pregadas, com ar de inocência, de "peidei mas não fui eu", elogios de um outro momento, o pós-Alegria, onde todos tinham alguma esperança que alguma coisa mudaria foram repassados como a boa nova atualizada, como a verdade absoluta, e bem no fim do fundo queremos ver alguma verdade no meio disso tudo, e que realmente temos algum motivo pra comemorar, algum objetivo, mesmo que tarde, seja moral e justo, e que não me faça dizer que a típica mania de levar tudo na boa é uma ridícula mania de levar tudo na boa. Com festa e tudo, e tanto faz se o Maciano Mendes seja um sósia ou não.

O caso curioso do navio que abandona os ratos


Na quinta-feira, dia 17, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), membro da CPI do Cachoeira, violentou a língua e o decoro e mandou aquela mensagem ao governador Sérgio Cabral (PMDB), do Rio, que já se tornou um clássico: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso, e nós somos teu”.  Vai figurar nos próximos livros aprovados pelo MEC, ao lado de “nós pega os peixe, mas proteje (com “j”, claro!!!) os tubarão”. No dia seguinte, o Diretório Nacional do PT, reunido em Porto Alegre, aprovou uma “Resolução Política”. Pode-se ler o seguinte trecho:
“(…) A organização criminosa comanada pelo contraventor Carlos Cachoeira atuava dentro das estruturas do Estado de Goiás, governado por Marconi Perillo, espalhando seus tentáculos nas instituições dos poderes constituídos de outros estados do Brasil.
Os fatos revelados pelas citadas operações da PF reforçam a urgência de reformas de fundo no sistema político e nas instituições nacionais, especialmente o financiamento público das campanhas eleitorais, com mais fiscalização e transparência em todas as esferas da política. A CPMI, ao levar a bom termo sua missão, dará sua contribuição ao incessante combate à corrupção travado pelos presidentes Lula e Dilma.”
A resolução, por óbvio, não fala em Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal, e em Sérgio Cabral. Enquanto era redigida, PT e PMDB acertavam os ponteiros para tirar a Delta nacional e Fernando Cavendish do centro das investigações. Também ao ainda dono da Delta se poderia disparar um torpedo: “Não se preocupe; você é nosso, e nós somos teu”. A edição da VEJA desta semana explicou os cuidados com o empresário: ele mandou alguns emissários seus recomendar prudência aos digníssimos parlamentares e partidos. Segundo contas que circulam em seu mundo, a Delta doou R$ 100 milhões para campanhas eleitorais nos últimos anos. E tudo por aquele método consagrado pelo grande moralista Delúbio Soares: “recursos não contabilizados”.
Mas, como diria aquele príncipe chatinho, o essencial no trecho acima da resolução é quase invisível aos olhos. Notem que, a exemplo do que fez com o mensalão, o PT está a considerar que as safadezas do esquema Delta-Cachoeira também se limitam a caixa dois de campanha. E aproveita para voltar à tese vigarista do financiamento público. Pela ordem: há, sim, caixa dois de campanha, e os emissários de Cavendish resolveram lembrar isso a alguns “patriotas”. Mas é evidente que não há só isso (como se fosse pouco!). Há indícios de superfaturamento, de licitações de meia-tigela, de pagamento de propina pura e simples… de ASSALTO AOS COFRES PÚBLICOS.
Uma das mentiras do PT
Uma das mentiras do PT em sua resolução é atribuir ao financiamento privado de campanha a lambança do esquema Cachoeira-Delta. Mesmo que fosse público, o que impediria o grupo de fazer o que fez? Estivesse o Tesouro a arcar com o custo das eleições (indiretamente, em período eleitoral, mais de R$ 600 milhões vão para os partidos), a Delta, com seus métodos, não seria a campeã das obras do PAC, por exemplo? O financiamento público, como quer o PT, só vai aumentar o assalto ao erário sem coibir minimamente o caixa dois. Aliás, qualquer pessoa que tenha frequentado o nível “Massinha I” das aulas de lógica vai concluir que, garantida a impunidade (como querem muitos na CPI) e proibidas as doações privadas, os ditos “recursos não contabilizados” vão é aumentar, certo? Ou os lobistas, movidos pelo mais severo civismo, decidirão: “Não, gente! Agora há financiamento público de campanha. Vamos ficar fora das eleições”?.
Impunidade, sem-vergonhice e leis frouxas é que estimulam a fraude. O ex-senador democrata John Edwards, dos Estados Unidos, corre o risco de pegar bem uns 15 anos de cadeia caso fique provado, como tudo indica, que pagou pensão a uma filha que teve fora do casamento e à mãe da menina com recursos arrecadados para campanha política. Entenderam o ponto? O financiamento de candidaturas nos EUA é privado, mas o sujeito não pode fazer o que bem entende com o dinheiro. A Justiça funciona, e a sociedade não aceita lambança. No Brasil, o petismo quer coibir o caixa dois incentivando o… caixa dois!
Não foi a única…
Não foi a única vigarice da resolução. Num outro trecho, que vem destacado em negrito no original, encontramos estas belas palavras:
“É fundamental mobilizarmos a sociedade em defesa de uma ampla apuração de todas as denúncias relatadas nas operações da PF, bem como de todas as ramificações da organização criminosa, doa a quem doer, pois ninguém, seja na área pública ou privada, pode situar-se acima da lei. Entre as denúncias que precisam ser apuradas a partir de elementos probatórios em mãos da CPMI estão as relações entre o crime organizado e alguns órgãos de imprensa. O que está em jogo é a apuração de fatos criminosos, não os ataques à liberdade de expressão, como tentam confundir setores da mídia conservadora. Quanto aos meios de comunicação, reafirmamos a resolução aprovada no 4º. Congresso do PT: “Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa”.
Como? É uma pena para o PT e uma sorte para o Brasil que os petistas não possam enviar a seguinte mensagem à imprensa independente: “Você é nossa, e nós somos teus” (corrijo a língua de Vaccarezza, já que é impossível corrigir os hábitos). Dado o espetáculo que se ensaia na CPI, os petistas resolveram — e quem está surpreso? — atacar o jornalismo!!! “Relação entre o crime organizado e alguns órgãos de imprensa?” Quais? Jornalistas que se prezam recorrem, sim, muitas vezes, a fontes do submundo — com o qual alguns políticos fazem negócios, inclusive  os do PT — para denunciar o assalto aos cofres públicos. Querer intimidar a imprensa é fazer o jogo dos bandidos… Não! Errei! Querer intimidar a imprensa é trabalho de bandido que se beneficia dessa promiscuidade.
Recorrendo às mesmas acusações que Goebbels fazia à “imprensa dos judeus” na Alemanha hitlerista, o PT deixa claro que quer perseguir apenas o mau jornalismo, sem agredir a liberdade de imprensa. Ah, bom! E qual é o “mau jornalismo”? Necessariamente aquele que denuncia também as falcatruas de petistas. Ora, se fosse bom, só exaltaria as qualidades do petismo, certo?
Como cinismo é matéria farta por ali, retomam afirmação de um texto anterior e mandam ver:
“Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa”.
Uma ova! Questão de princípio nunca foi. Quiseram expulsar um correspondente estrangeiro que contou uma grande mentira, não é? Lula gosta de umas cachaças. Tentaram impor o Conselho Federal de Jornalismo — que, na prática, funcionaria como um Conselho de Censura, com poderes até para cassar licença de jornalista. Propuseram mecanismos explícitos de controle da informação no Plano Nacional (Socialista) de Direitos Humanos. Já tinham apresentando proposta semelhante na Conferência de Comunicação. A verdadeira questão de princípio do petismo é outra: é controlar a imprensa.
Não podendo impor a censura (não por enquanto), o partido atua na outra ponta. Por intermédio do governo e de estatais (com o nosso dinheiro!), financia revistas, blogs, sites e TV que praticam um troço semelhante ao jornalismo — está para o setor como o uísque paraguaio está para um scotch. Pode não parecer, mas se trata de uma agressão não só à imprensa: também ao regime democrático e ao estado de direito! Quando o logotipo de um banco estatal ilustra uma página cujo propósito é atacar a oposição — um trabalho partidário — e instituições da República, o que se tem é apropriação de dinheiro de todos para defender as causas de um grupo. É de uma obviedade escandalosa!
Falhou mais uma tentativa de intimidar o jornalismo. Os que insistem nessa tecla começam a falar sozinhos, abraçados a seu rancor. Assistiu-se, assim, a um caso curioso em que navio acabou abandonando os ratos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A rotina das cobras


A “Comissão da Verdade” é, de alto a baixo, mais uma farsa publicitária montada segundo o modelo comunista de sempre
Se há uma lição que a História ensina, documenta e prova acima de qualquer dúvida razoável, é a seguinte: sempre que os comunistas acusam alguém de alguma coisa, é porque fizeram, estão fazendo ou planejam fazer logo em seguida algo de muito pior. Acobertar crimes sob afetações histriônicas de amor à justiça é, há mais de um século, imutável procedimento-padrão do movimento mais assassino e mais mentiroso que já existiu no mundo.
Só para dar um exemplo incruento: o Partido dos Trabalhadores ganhou a confiança do eleitorado por sua luta feroz contra os políticos corruptos, ao mesmo tempo que ia preparando, para colocá-lo em ação tão logo chegasse ao poder, o maior esquema de corrupção de todos os tempos, perto do qual a totalidade dos feitos de seus antecessores se reduz às proporções do roubo de um cacho de bananas numa barraca de feira.
Mas nem todos os episódios desse tipo são comédias de Terceiro Mundo. Nos anos 30 do século passado, o governo de Moscou promoveu por toda parte uma vasta e emocionante campanha contra as ambições imperialistas de Adolf Hitler, ao mesmo tempo que, por baixo do pano, as fomentava com dinheiro, assistência técnica e ajuda militar, no intuito de usar as tropas alemãs como ponta-de-lança para a ocupação soviética da Europa.
Os exemplos poderiam multiplicar-se ilimitadamente. Em todos os casos, a regra é a máxima atribuída a Lênin: “Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz.”
Se o acusado realmente cometeu crimes, ótimo: desviarão a atenção dos crimes maiores do acusador. Se é inocente, melhor ainda. Durante os célebres Processos de Moscou, onde o amor ao Partido levava os réus a confessar crimes que não haviam cometido, Bertolt Brecht, ídolo literário maior do movimento comunista, proclamou: “Se eram inocentes, tanto mais mereciam ser fuzilados.” Não foi mera efusão de servilismo histriônico. A declaração obscena mostra a funda compreensão que o dramaturgo tinha da premeditação maquiavélica por trás daquela absurdidade judicial. Como o bem e o mal, na perspectiva marxista, não existem objetivamente e se resumem à resistência ou apoio oferecidos às ordens do Partido, a inocência do réu é tão boa quanto a culpa, caso sirva à propaganda revolucionária – mas às vezes é muito mais rentável. Condenar o culpado dá aos comunistas o ar de justiceiros, mas condenar o inocente é impor a vontade do Partido como um decreto divino, revogando a moral vigente e colocando o povo de joelhos ante uma nova autoridade, misteriosa e incompreensível. O efeito é devastador.
Isso não se aplica somente aos Processos de Moscou. Perseguir o general Augusto Pinochet por delitos arquiconhecidos dá algum prestígio moral, mas condenar o coronel Luís Alfonso Plazas a trinta anos de prisão por um crime que todo mundo sabe jamais ter acontecido é uma operação de magia psicológica que destrói, junto com o inimigo, as bases culturais e morais da sua existência.
Na presente “Comissão da Verdade”, os crimes do acusado são reais, mas menores do que os praticados pelo acusador. A onda de terrorismo guerrilheiro na América Latina data do início dos anos 60, e já tinha um belo currículo de realizações macabras quando, em reação, os golpes militares começaram a espoucar. Computado o total das ações violentas que, partindo de Cuba, se alastraram não só por este continente, mas pela África e pela Ásia, a resposta dos militares à agressão cubana mostra ter sido quase sempre tardia e moderada, sem contar o fato de que, pelo menos no Brasil, veio desacompanhada de qualquer guerra publicitária comparável à que os comunistas, inclusive desde a Europa e os EUA, moviam contra o governo local. Sob esse aspecto, a vantagem ainda está do lado dos comunistas. Os delitos cometidos pelos militares chamam a atenção porque uma rede de ONGs bilionárias, secundada pela militância esquerdista que domina as redações, não permite que sejam esquecidos. Nenhuma máquina de publicidade, no entanto, se ocupa de explorar em proveito da “direita” as vítimas produzidas pela Conferência Tricontinental de 1966, pela OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade, 1967) ou, hoje, pelo Foro de São Paulo. Numa disputa travada com tão escandalosa desproporção de recursos, a verdade não tem a menor chance. Na tão propalada ânsia de restaurar os fatos históricos, ninguém se lembra sequer de averiguar a participação de brasileiros nas ações criminosas empreendidas pelo governo de Fidel Castro em três continentes. Encobrindo esse detalhe, fugindo ao cotejo dos números, trocando os efeitos pelas causas e partindo do pressuposto tácito de que os crimes praticados a serviço de Cuba estão acima do julgamento humano, a “Comissão da Verdade” é, de alto a baixo, mais uma farsa publicitária montada segundo o modelo comunista de sempre. Seu objetivo não é o mero “revanchismo”, como ingenuamente o pensam os militares: é habituar o povo a conformar-se com um novo padrão de justiça, no qual, a priori e sem possibilidade de discussão, um lado tem todos os direitos e o outro não tem nenhum.
A única coisa estranha, nessa reencenação de um script tradicional, é que suas vítimas ainda procedam como se esperassem, de seus julgadores, alguma idoneidade e senso de equilíbrio, sentindo-se surpreendidas e chocadas quando a igualdade perante a lei lhes é negada – tanto quanto os cristãos se sentem repentinamente traídos quando o governo Dilma volta atrás no seu compromisso anti-abortista de campanha. Não há nada de surpreendente em que as cobras venenosas piquem. Surpreendente é que alguém ainda se surpreenda com isso.

Cadeia nacional para a mãe do PAC


Enquanto Dilma Rousseff se especializa em falar sozinha na TV, o presidente do PT avisa que o governo popular vai “peitar” a mídia. É compreensível.
A mídia é praticamente o único problema do Brasil atualmente. Se não fosse ela, não existiria corrupção no governo popular (o que os olhos não vêem, o coração não sente).
Infelizmente, a rede parasitária montada pelos companheiros em pelo menos sete ministérios foi parar nas manchetes. Não fosse essa invasão de privacidade, esquemas como o do Dnit com a Delta continuariam firmes na aceleração do crescimento.
Se não fosse a mídia para atrapalhar, o governo da presidenta falaria diretamente com o povo – sem esses assuntos azedos que só interessam à imprensa.
E já que jornalista só gosta de coisa ruim, o PT resolveu falar sozinho, em cadeia obrigatória de rádio e TV.
Dia da Mulher, Dia do Trabalhador, Dia das Mães e todas as datas simpáticas do calendário passaram a ser, também, Dia da Dilma. São os momentos em que a presidenta olha nos olhos do Brasil e diz a ele só coisas lindas, de arrepiar.
O comício contra os bancos no Primeiro de Maio foi inesquecível. Como governar é muito chato e trabalhoso, o PT resolveu voltar a ser estilingue (sem sair do palácio).
É o primeiro governo de oposição da história.
É muito melhor fazer comício contra juros altos (“peitar os bancos!”) do que organizar as finanças públicas, acabar com a farra tributária, abrir mão do fisiologismo, parar de gastar o dinheiro que não tem e controlar toda essa bagunça institucional que empurra para o alto a inflação – e os juros.
O povo está adorando esse governo de oposição, liderado por uma mulher corajosa que faz faxina em sua própria lambança e vira heroína.
No pronunciamento emocionante do Dia das Mães, que lançou o programa Brasil Carinhoso, só faltou uma palavra de carinho para a Construtora Delta, que cresceu e engordou sob a guarda da Mãe do PAC.
Foi dentro do projeto de peitar a mídia que Lula insuflou a CPI do Cachoeira. A idéia era mostrar que a imprensa burguesa também estava no bolso do bicheiro e que o mensalão não existiu.
Quem sabe essas pérolas do romantismo petista não viram verdade no Dia dos Namorados, em mais um pronunciamento oficial da presidenta?

terça-feira, 15 de maio de 2012

Os maiores programas de compra de votos a todo vapor

Os maiores Programas de Compra de Votos do Município trabalharam a todo vapor. O segundo maior programa (Festa do dia das Mães) aconteceu nesse final de semana com belos prêmios, até dizem que são todos doados, eu não acredito, a tão prometida casa não teve, dizem que por interversão do Juiz. 

O maior programa de compra de votos, os contratos, (o conhecido como PRJ, para ver matéria clique aqui) age com total naturalidade, essa é razão dos pagamentos atrasados, afinal são mais de 500 servidores contratados, aqueles que não precisam prestar concurso para ganhar um mega salário sem trabalhar, sendo a maioria deles sem nenhuma necessidade, tal atitude é digna de quem não tem nenhum compromisso com o futuro desta cidade.

Mais uma vez volto a mencionar aos servidores: "Comecem a fazer uma reserva desde já, pois ninguém sabe o que vai acontecer depois do dia 07 de outubro, dia em que será concretizado a derrota da atual administração".

Os religiosos políticos brasileiros

A grande verdade é que já tem deles levando tudo....

Casa da Mãe Joana


Juarez Nogueira
A expressão, conta o historiador Câmara Cascudo, deve-se a Joana I, rainha de Nápoles e condessa de Provença, que viveu na Idade Média. Teve uma vida atribulada e consta que passou a residir em Avignon, na França, por ter se envolvido em uma conspiração em Nápoles, da qual resultou a morte de seu marido André. Dizem outros que foi na verdade exilada pela Igreja, por causa de sua vida desregrada.
Em 1347, aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis de Avignon. Determinou que o lugar tivesse uma porta por onde todos pudessem entrar.
Transposta para Portugal, a expressão paço-da-mãe-joana virou sinônimo de prostíbulo.
Trazido para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa e casa-de-mãe-joana serviu, por extensão, para indicar o lugar ou situação em que cada faz o que quer, onde impera a desordem, o vale-tudo. Uma variante chula da expressão é cu-da-mãe-joana.
O termo também indica que tal casa não possui janela nem porta, onde todos entram e saem sem pedir licença, imperando, portanto indisciplina e desrespeito.
Conta-se que nos tempos do Brasil Império, durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro. Como esses pais-da-pátria mandavam e desmandavam no país, a frase "casa-da-mãe-joana" ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda e salve-se quem puder.
Em 1960, a Casa da Mãe Joana, digo, a capital do país foi transferida do Rio de Janeiro para Brasília.

E em Santana do Araguaia tem suas filiais mais ilustres, a Câmara e a Prefeitura Municipal onde vergonha serve apenas para Uns e para Outros é conversa fiada.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Política Santanense e a Náusea

Nauseado com a Política Santanense, nauseado com os sanguessugas do dinheiro público, nauseado com a política da cesta básica, da cadeira de roda, do favorecimento de terceiros escancarados em notas superfaturadas, nauseado em ver mais uma vez a prefeitura municipal virá cabide de emprego... Depois de  ouvir um trecho de um discurso de um atual vereador e sentir vontade de lhe quebrar o pescoço... Segui os conselhos de Carlos Vereza (Ator da Rede Globo, diga-se de passagem um dos monstros da dramaturgia) procurei refúgio para o meu espírito, para conservar minha sanidade mental, li um livro Huberto Rohden sobre Santo Augostinho, onde trago a tona um poema de  Nietzsche, em busca de Deus: 

"Mais uma vez, antes de prosseguir caminho,

E olhar para a frente,     

Ergo, solitário, minhas mãos a ti,     

A ti, a quem me refugio,     

A ti, ao qual consagrei altares, solenemente,     

Nas mais profundas profundezas do meu coração.     

Para que em todos os tempos,     

Tua voz me chamasse novamente,     

Gravada profundamente no meu altar     

Resplende a palavra: AO DEUS DESCONHECIDO.     

Dele eu sou, ainda que até a presente hora,     

Permaneça no bando dos ímpios.     

Dele eu sou, e sinto os laços     

Que me arrastam à luta.     

Lá embaixo,     

Que, embora eu fuja,     

Me obrigam a servir-te.     

Quero conhecer-te, ó DESCONHECIDO!     

Tu, que empolgas minha alma profundamente,     

Que, qual tempestade, penetras minha vida,     

Tu, o Inatingivel, que és afim comigo,     

Quero conhecer-te - quero até servir-te."


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Minto, logo exito


Com o início de mais uma CPI em busca da verdade, a única certeza é que ouviremos mais uma cachoeira de mentiras. Mesmo jurando sobre a Bíblia, eles vão mentir, como José Roberto Arruda fez na tribuna do Senado, jurando pelos seus filhos que não tinha violado o painel eletrônico.
Quantas vezes ainda ouviremos alguém dizer “eu não sabia”? É difícil saber se já houve mais corrupção no Brasil em outro tempo, mas certamente nunca na história deste país se mentiu tanto. Só que agora as mentiras se espalham instantaneamente pela sociedade, mas podem ser mais rapidamente desmentidas pelos fatos e pela tecnologia.
Historicamente, nos Estados Unidos e em países de cultura protestante, mentir é um ato muito mais grave, moral e legalmente, do que na América católica.
Em países regidos por esses códigos morais, mentir em juízo sob juramento é crime de perjúrio que pode levar à prisão e até derrubar presidentes.
Como o mentiroso Richard Nixon, obrigado a renunciar depois do escândalo Watergate, e Bill Clinton, que sofreu um impeachment na Câmara dos Representantes, com muitos votos do seu próprio partido, não pelo mau gosto do romance com Monica Lewinsky, mas porque mentiu. Foi salvo pelo Senado, por poucos votos. E era um dos presidentes mais populares e bem-sucedidos da história americana, com sólido apoio parlamentar.
A verdade é que todo mundo mente, uns mais e outros menos, para o mal e para o bem, pelos mais diversos motivos, sentimentos e circunstâncias, é parte da condição humana. Mas quando alguém mente para si mesmo, como Sarney se acreditando um grande estadista de moral ilibada, ou Zé Dirceu se dizendo “cada vez mais convencido” de sua inocência no mensalão, para esses casos não há cura. Mas isto é assunto psicanalítico, estamos falando de roubos e conspirações de políticos, empresários e funcionários contra o Estado.
Como nos lembram CPIs recentes, eles mentem cínica e impunemente, humilham nossa inteligência, desmoralizam nossa fé nas instituições e provam que aqui a mentira é não só tolerada como recompensada. Eles anunciam uma verdade brasileira: minto, logo existo.

O perigosíssimo endividamento das famílias brasileiras


Ralph J. Hoffmann
Desde o surgimento da avassaladora crise do sistema financeiro internacional, que começou nos Estados Unidos com o estouro da bolha imobiliária e a explosão dos chamados títulos "sub-prime", o governo brasileiro, sob o comando do "genial economista" Lula, determinou que se abrissem as portas dos cofres oficiais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e outros instrumentos) do crédito. Um carro passou a ser financiado em até 100 meses ( oito anos e três meses), sem qualquer entrada.
Ninguém do PT, do governo petista, Lula ou qualquer outro dos seus liderados, disse ao povo brasileiro que um carro implica em outros gastos, como pagamento de IPVA, garagem, estacionamento em qualquer lugar na rua, combustível, manutenção. Menos ainda que um carro não dura mais do que cinco anos. Imagine a dívida perdurar por oito anos. Pois bem... todo mundo se atirou a comprar carros.
Lula foi incensado como um gênio, o maior estadista do mundo, o único com a lanterna do conhecimento para ditar como se enfrenta uma crise econômica. Segundo ele, é preciso manter o consumo, e até aumentá-lo, para manter os empregos e a renda. Como se isso fosse um movimento inesgotável.
Agora se vê o momento em que a conta é apresentada para o povo brasileiro. Conforme o Banco Central, nos últimos 12 meses, a inadimplência saltou 44%. Diz o ex-ministro Paulo Brossard: "A partir daí, quando o quadro se agrava, o financiado verificou que não terá condições para liquidar a sua dívida, e o próprio bem empenhado deixa de ser a garantia do credor, sabido que o uso do carro reduz significativamente seu valor de venda. Ora, isto importa em reconhecer que, muito antes do termo dos 60 meses, o bem dado como garantia torna-se insuficiente para quitá-la. Segundo informam os conhecedores do mercado, um carro pode depreciar até 40% em um ano. Agora a gravidade maior veio à luz, na angústia em que se encontra o devedor que, até de graça entrega o seu automóvel para liberar-se da dívida impagável e, cada vez mais, se repete o expediente". Esse é o ponto. Está formada a bolha.
Milhares e milhares de consumidores no País não estão conseguindo pagar suas dívidas, o financiamento do seu carro. E não adianta a retomada do carro pelo agente financiador, porque o valor dele não cobre o que foi financiado e os juros. O exemplo do consumidor paulista, que deu o carro para outra pessoa que se comprometeu a ficar com a dívida restante, em troca de se livrar da sua própria dívida, não é sistema que possa ser usado por todos os consumidores endividados. Está formada a bola, e é muito mais do que sub-prime, porque não tem garantia alguma. Isso, inevitavelmente, alcançará os bancos, que estão encalacrados com gigantescas carteiras de financiamento de veículo.
A situação não é nada boa. Mas, parece que está tudo bem, haja vista os altos índices de aprovação da presidente Dilma Rousseff. Uma nação caminha para a crise assim, negando-se a ver o que está à frente dos seus olhos. No caso, não há um só político que aponte os riscos que o país está vivendo, nenhum deputado ou senador, apesar de terem mais de 20 mil assessores que, teoricamente, deveriam fazer estudos e mostrar os resultados para os parlamentares.
Preparem-se os virtuosos que não se deixaram seduzir por essa orgia de consumo sem lastro.

 Retrato da era mediocridade e da falsa prosperidade: 
como num ciclo infernal da Comédia de Dante