quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sorria, aqui tudo é alegria


Texto muito bom de  Carlos Brickmann, colhido no bom Blog do Juarez Nogueira.

Se o caro leitor não puder almoçar seu arroz com feijão, salada, bife e sobremesa, resolva o problema com uma folha de alface, duas ervilhas e um grão de milho. Pode não ser satisfatório, mas o caro leitor não deixou de almoçar. Se o caro leitor ganha muito pouco e está abaixo da linha da pobreza, resolva o problema com as estatísticas do Governo Federal: de acordo com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidente Dilma Rousseff, quem ganha mais de R$ 291 mensais integra a classe média. Assim foi possível fazer com que 35 milhões de brasileiros se alçassem à classe média nos dez anos de Governo petista.
É simples assim: uma pessoa não precisa ganhar mais de dez reais por dia para entrar na classe média. Um casal que ganhe, em conjunto, R$ 582 mensais será também de classe média.
Pronto: no Brasil, só é pobre quem quer.
Mas há limites para ser de classe média. Quem ganhar a partir de R$ 1.019,10 por mês será de classe alta. A história de achar que classe alta é coisa para Eike Batista está errada: neste país em que se plantando tudo dá (especialmente notícias), até professor, mesmo ganhando o que ganha, pertence à classe alta. O pessoal que tem recursos para comprar deputado mensaleiro, dar carona de jatinho a quem toma decisões sobre concorrências, fotografar a esposa usando sapatos de sola vermelha, esse nem chega a ter classificação. Político corrupto, dos que trocam apoios por Ministérios, está tão alto que a verdade se restabelece sozinha: este não tem classe, nem categoria.
A classe média (de verdade) paga a conta.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Pesquisa CFC CARTRAN: 45 ou 15

Para participar da Pesquisa do CFC CARTRAN é fácil, é só comparecer no local, ao lado do Detran. Você que é do 15 ou do 45 compareça e vote, faça valer a democracia!!!!!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Insegurança

bicho-de-pe-santanadoaraguaia.blogspot.com.br
Mais uma vez fomos reféns do medo, mais uma vez tivemos o nosso bang-bang ao vivo e a cores que acontece a cada três meses. Podem até dizer que insegurança é um problema no país inteiro, só que é irresponsabilidade afirmar que nada pode ser feito. Por que não pode? No país do futebol e carnaval, onde segundo pesquisa do Fiesp 69 bilhões por ano é o custo da corrupção aos cofres públicos (Para ver matéria clique aqui) é vergonhoso as atitudes de larápios que vivem a custa do povo e se acham melhores que os assaltantes apenas pelo o fato de não matarem com as próprias mãos ou de não usarem armas para roubar, a culpa é desses Senhores que pouco fazem jus aos cargos e as funções atribuídas a eles, tanto no poder legislativo, executivo e judiciário, em todas as esferas, municipais, estaduais e federais.

Santana do Araguaia localiza-se no extremo sul do Pará, é o portal de entrada e saída para Tocantins e Mato Grosso e também é a casa da mãe joana onde todo mundo entra e sai sem nenhum respeito, onde o número de policiais chega a ser risível quando comparado ao número de habitantes, onde fomos esquecidos pelo Poder Estadual e Federal, parece não estarmos incluídos no discurso da PresidentA Dilma e não somos queridos e queridas dela.

Falta iniciativa do Poder Executivo e Legislativo desse município, porque constantemente somos vítimas dos nossos pequenos marginais e nossas casas são destelhadas e surrupiadas e nossos bens pessoais se vão e transformam-se em pequenas pedras de crack, os assaltos aos Bancos e a Casa Lotérica se tornou rotina. Nada é feito no sentido de aumentar o número de policiais efetivos na cidade, pois se existir alguma iniciativa, pelo menos um documento protocolado junto ao governo do Estado por algum atual vereador ou prefeito, que me provem o contrário, porque dessa maneira vamos continuar com medo de receber nossos salários nos bancos em horário comercial, vamos continuar não podendo deixar nossas casas sozinhas e podemos preparar o coração para assistirmos mais essa cena repetitivamente.

Vejam as fotos:













quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A privada da vida comédia

bicho-de-pe-santanadoaraguaia.blogspot.com.br

Estamos todos no meio de um grande circo, onde muitas vezes nós somos o público, outras somos os palhaços, os equilibristas. Existe uma comédia em cada comício, os gestos, o jeito, as frases feitas, as desfeitas, as incompletas, as frases sem pé, nem cabeça, nem sentido, as promessas quase irrealizáveis. Nunca fomos tão amados em toda nossa vida, ouvi declarações, juras de amor com tão grande eloquência ao povo santanense, nunca vi tanta honestidade, fé, trabalho, competência reunidos em um só lugar, em uma só pessoa, humildade declarando grandezas.

Na política noturna santanense acontece de tudo, como um "boa noite" inusitado: - Boa noite "alegretes"! Coberto de vaias e risos, ironia como se o passado não tivesse desencarnado e deixasse transparecer em mensagens subliminares, ou o candidato a vereador que nunca acerta o nome do bairro em que está, e já prometeu que não vai errar a cidade, como se ele fosse candidato em várias cidades, ou aquele outro que mal conseguiu agradecer a presença da família, com direito a remixe (QQQQQQQQ), ou aqueles que nunca lembram de dizer o número, ou o candidato a vereador que prometeu construir uma escola e uma creche, deve ser com recursos próprios, que essa frase já virou até clichê por aqui, mas nenhum superou aquele coligado ao 15 e em palanque, como um desejo interno que aflorou e veio a tona,  e pediu voto para o 45, as vaias foram imediatas, deve ter ido embora escondido para não apanhar.

É emocionante assistir todos em um mesmo palco, gregos e troianos, americanos e iranianos, quem antes se odiavam agora fazem juras de casamento eterno, em abraços fraternos, na nova ideologia política " de tu é nosso e nós somos teu". Isso é Brasil! Isso é Santana do Araguaia!

Estamos todos esperando os fins, porque os meios não são nenhuma obra prima, pelo contrário, há um desfile de horrores cômicos e ao mesmo tempo trágicos. É a privada da vida comédia, por isso caro amigo eleitor se o candidato fulano, beltrano, ciclano, seja lá qual for quer pagar pelo o seu voto, ACEITE! Pois esse dinheiro também é seu, se não é será, porque no final é você que paga a conta, mas vote em outro, afinal de contas falsas promessas trocadas não dói.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Alencar 45 x Eduardo 15

bicho-de-pe-santanadoaraguaia.blogspot.com.br

Não é tão difícil assim entender o momento político que Santana vem passando nos últimos dias. Os candidatos vem pagando por erros estratégicos de campanha ou erros de um passado não tão distante. O lotes do Bairro Seringal e a desistência da sua última candidatura, ainda pelo PTB em 2008, sempre serão um câncer maligno na campanha do candidato Alencar (PSDB). Eduardo da Machado (PMDB) abraçou o mundo com as pernas, e nas pernas tropeçou, fez alianças com 14 partidos, acolheu para si muitos frutos bons, mas ainda mais ervas daninhas, que mais do que ajudado tem atrapalhado o andamento de sua campanha. Agora os candidatos trocam alfinetadas e garfadas em palanque, por mais que sejam quase subliminares, sempre tem uma nova.


Hoje Santana vive um momento de suspense, de dúvidas, perguntas sem respostas. Quem vai ganhar ainda não sabemos. O que nos resta é o palpite, o cara ou coroa, o corte no olho da bananeira, a torcida, o voto, principalmente o voto.

Política Nacional: Dilma relembra sua natureza, faz propaganda eleitoral com dinheiro público, mistifica sobre o passado e ainda tenta sequestrar a estabilidade para o petismo! Foi o seu pior momento em dois anos!

Por Reinaldo Azevedo

O PT não reconhece a diferença entre estado, partido e governo. Não é uma disfunção particular, uma invenção sua, um traço distintivo. É herança de um pensamento. O partido é herdeiro dos dois grandes totalitarismos do século passado, o fascismo e o socialismo. Como já escrevi aqui tantas vezes, o primeiro, seguindo a fórmula de Giovanni Gentile, preconizava “Tudo no Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado”. Os socialistas trocaram o “estado” pelo partido, mas a essência é a mesma.
Dilma já havia atravessado o sinal quando emitiu uma nota, com chancela da Presidência da República, para responder a um artigo de FHC, que, de resto, em essência, lhe era injustamente elogioso, fazendo dela uma espécie de vítima de alguns destrambelhamentos do antecessor. Critiquei seu texto. Dilma ajudou a fabricar a “herança”; é uma das principais responsáveis por algumas dificuldades que o país enfrenta na área de infraestrutura. Adiante. Aquela nota, com algumas grosserias desnecessárias desferidas contra o tucano, já era uma evidência de uso de uma instituição do Estado — o Poder Executivo — e de uma repartição do governo — a Presidência da República — para fazer um desagravo de natureza partidária (ao PT) e política (a Lula). Ora, o partido dispõe de medalhões em penca para responder. Mas a cúpula dos companheiros praticamente exigiu uma resposta. A imprensa áulica chegou a noticiar que os petistas “aprovaram” a reação de Dilma… Não me digam! Só não fiquei de queixo caído com a notícia porque já aprendi a não me surpreender com essa gente.
Muito bem! Achando que aquela nota havia sido pouca coisa, que não havia se despido o suficiente do necessário manto do decoro que o cargo lhe impõe — chefe do governo e representante maior da esfera executiva do estado —, Dilma resolveu entrar no ar no intervalo da novela “Avenida Brasil” (ela queria Ibope alto!) para fazer seu suposto pronunciamento oficial sobre os 190 anos da independência do país.
O que se viu ali — íntegra do pronunciamento aqui — foi a presidente da República a usar a estrutura do estado e do governo para fazer proselitismo de natureza partidária e, é inescapável apontar, dado o período, também eleitoral.
Sim, sim, como de hábito, a fala oficial veio recheada com aquelas mentiras de tom grandiloquente, que nos enchem o peito de orgulho cívico. Todos gostaríamos de morar no país dos presidentes, nos estados dos governadores, nas cidades dos prefeitos, não é? Eles têm sempre um olhar bastante direcionado para tudo o que há — e sobretudo para o “a haver” — de bom. Dou de barato que políticos tenham de usar, de vez em quando, essa linguagem miserável para se comunicar. Assim, a presidente foi à TV para declarar que estávamos, pasmem!, vivendo uma “nova arrancada”. O país cresceu 2,7% em 2011. Neste ano, deve ficar pouco acima de 1,5% — Guido Mantega anunciava 4% não faz seis meses… Nova arrancada!
Dilma não teve medo do ridículo, não! Enfrentou-o com altaneira galhardia e, para espanto do mundo — se o mundo desse bola para o que ela diz —, anunciou um “um modelo de desenvolvimento inédito”. “Inédito”, vocês sabem, mesmo nos tempos petistas, quer dizer “inédito”, jamais vindo à luz. E ela explicou como foi que o petismo resolveu botar de pé esse ovo de Colombo: esse modelo seria baseado no “crescimento com estabilidade, no equilíbrio fiscal e na distribuição de renda”.
Parem as máquinas!
Cesse tudo o que antiga musa canta!
O planeta faça alguns minutos de silêncio.
Nunca antes na história da humanidade — afinal, tratamos de algo “inédito” —, um governo tinha tido a ousadia de juntar estabilidade, rigor fiscal (quem dera fosse verdade!) e distribuição de renda. Ainda que o PT tivesse mesmo conseguido juntar esses três ingredientes em doses apreciáveis, será esse modelo “inédito”? A Europa — em crise, sim!, hoje — forjou o seu estado de bem-estar social de que modo? Dilma decidiu recorrer ao diminutivo, certa de que ninguém perdeu poder, eleição ou dinheiro por infantilizar o povo: “O nosso bem-sucedido modelo de desenvolvimento tem se apoiado em três palavrinhas mágicas: estabilidade, crescimento e inclusão.”
“Palavrinhas mágicas”???
Quem tirou o coelho da cartola?
Lula? Dilma?
Ela resolveu atribuir o casamento dessas “palavrinhas” às gestões petistas. Segundo disse, o “novo ciclo de desenvolvimento” vai “alargar bastante o caminho de afirmação e independência que nosso país vem construindo, com muita garra, nos últimos dez anos”.
Entenderam? A “afirmação e independência” vêm sendo construídas nos “últimos dez anos”, nas gestões petistas. Antes, não! No princípio, era o caos. Mas aí se fez a luz. Foi o pior momento da presidente em dois anos de governo. O que vou escrever aqui não é novidade, mas não me importo. Se eles podem ficar repetindo mentiras sem corar, eu posso ficar repetindo verdades sem me constranger. A ESTABILIDADE BRASILEIRA — OU ISSO A QUE SE CHAMA ASSIM — EXISTE APESAR DO PT, NÃO POR CAUSA DELE. E O PT EXISTE NO PODER POR CAUSA DA ESTABILIDADE.
Na oposição, o partido sabotou todas as ações — TODAS, SEM UMA MISERÁVEL EXCEÇÃO — em favor da estabilidade. Vocês conhecem o elenco: foi contra o Real, foi contra as privatizações, foi contra as reformas, foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. E porque algumas dessas medidas custaram ao governo desgaste junto à opinião pública, o petismo se construiu como alternativa. No poder, aproveitou-se das medidas cuja implementação tentou impedir.
A Dilma que disputava eleições, como todo candidato, podia mentir um pouquinho, fazer promessas que jamais cumpriria — não vai entregar os três milhões de casas até 2014 ou as mais de 6 mil creches, só para citar duas. A presidente da República, no entanto, tem um compromisso com a verdade que lhe é imposto pelo decoro do cargo. Afirmar que a estabilidade é obra de seu partido é um sequestro da história, perpetrado em cena aberta pela presidente que criou, ora vejam!, uma “Comissão da Verdade”. Se um grupo a serviço do estado com esse nome já é um achincalhe à inteligência, depois do discurso do dia 6, virou uma piada.
Descolada ainda do compromisso de falar a verdade, anunciou a presidente:“Ao contrário do antigo e questionável modelo de privatização de ferrovias, que torrou patrimônio público para pagar dívida, e ainda terminou por gerar monopólios, privilégios, frete elevado e baixa eficiência, o nosso sistema de concessão vai reforçar o poder regulador do Estado para garantir qualidade, acabar com os monopólios, e assegurar o mais baixo custo de frete possível.”
Os fatosPoucos se lembram, mas eu me lembro, que Dilma anunciou justamente para as estradas federais o seu revolucionário método de concessão. Deu-se em 2007. Elio Gaspari até chegou a ficar encantado, como sabem. Antevi a falência de sua obra no mesmo dia. Tanto é verdade que agora ela decidiu lançar um novo programa. E, como se vê, faz questão de satanizar o passado.
Ora, ora, ora… As ferrovias também são concessões. E estão submetidas a uma agência reguladora. O PT está no poder há dez anos. Então assistiu ao insucesso de uma determinada prática e deixou tudo como está? Por que o governo não usa os instrumentos legais que têm para garantir a eficiência do sistema? Porque é incompetente!
Desde o governo Lula, o país vive engabelado por planos mirabolantes de aceleração dos investimentos e do crescimento que, não obstante, não saem do papel. Como informava Fernando Dantas no Estadão de ontem, “a taxa de investimento da economia brasileira caiu quase o tempo todo durante o governo de Dilma Rousseff, indo na direção contrária ao objetivo da presidente de levá-la ao nível de 22% a 23% do Produto Interno Bruto (PIB).” Ou ainda: “Dilma iniciou seu mandato com uma taxa de investimento acumulada em quatro trimestres de 19,46% do PIB, que caiu para 18,83% em junho de 2012, tornando cada vez mais difícil alcançar o objetivo.”
Essa é a verdade dos fatos.
Não! Eu não espero que um governante vá à TV dizer verdades incômodas sobre o país ou sobre a sua gestão. Mas é o fim da picada que ocupe a máquina do estado para o simples proselitismo, como fez a presidente — esquecendo-se, entre outras coisas, de que exerce seu cargo para todos os brasileiros, inclusive e muito especialmente para quem não votou nela ou em seu partido. O que distingue a democracia da ditadura não é necessariamente haver um governo que conte com o apoio da maioria — todos os facínoras, num dado momento, gozaram de prestígio popular. O que distingue a democracia da ditadura é o fato de que se respeitam as vozes da minoria, dos que divergem, dos que dissentem, dos que discordam. Ao tentar sequestrar, mais uma vez, a história, Dilma se esqueceu de que também é presidente dos adversários que tiveram sua obra pisoteada.
Dilma errou no conteúdo, errou no tom, errou até no tempo. Amanhã, anunciou ela naquele discurso, divulga o pacote para baratear a energia doméstica e das empresas. Que tenha, nesse ato, o decoro que não teve no pronunciamento do dia 6. E que tome o cuidado ético — será? — de não associar esse anúncio à sua entrada no horário eleitoral do PT.
Os petistas, especialmente a ala sindical ligada aos servidores, estão bravos com a presidente. Ela resolveu acenar para o petismo lulista com aquela nota atacando FHC e com o pronunciamento desta quinta. Lembrava, afinal, o que alguns tentam — até o ex-presidente tucano — esquecer de vez em quando: afinal de contas, ela é um deles, ainda que não seja a preferida da turma.